Jornal Batista

http://issuu.com/jornalbatista/docs/ojb_13_23-03_2/1

Sermão

http://issuu.com/elianeliu/docs/serm__es_graciosos_-_c._h._spurgeon/1

Missões em toda parte

.portasabertas

.portasabertas
http://www.portasabertas.org.br/cristaosperseguidos/classificacao/

A guardamos vöces de braços aberto

Mapa vision

quinta-feira, 30 de abril de 2015

AS DUAS TESTEMUNHAS NA GRANDE TRIBULAÇÃO

AS DUAS TESTEMUNHAS NA GRANDE TRIBULAÇÃO


Depois dos acontecimentos exibidos pelo toque da 6ª trombeta, antes de se iniciar o toque da 7ª trombeta, Deus faz uma pausa na história dos acontecimentos para enviar a terra as duas testemunhas que irão pregar a Sua Palavra em Jerusalém.

Quando o Anticristo estará no seu apogeu de domínio e força e todo Israel apóstata curvado perante ele, seguido dos povos gentios habitantes de toda terra, então aparecerá em Jerusalém duas grandes testemunhas. Deus enviá-lo-as para anunciar o evangelho do Reino de Cristo e profetizar a respeito do futuro. Terão grande poder sobrenatural (Ap 11.1-14). Essas testemunhas do Senhor irão pregar num período de 1.260 dias (que são três anos e meio). Vestidos se saco: “Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco” (Ap 11.3).

O Evangelho do Reino começou a ser pregado por João Batista, que estava preparando o caminho do Senhor Jesus, e ainda será pregado na grande tribulação pelas duas testemunhas procurando converter o coração dos pais aos filhos (Ml 4.6). Este evangelho é o mesmo que João Batista pregava na primeira vinda de Cristo, há quase dois mil anos dizendo: “arrependei-vos porque é chegado o reino de Deus” (Mt 3.2), este não é o mesmo evangelho que pregamos nos dias de hoje, existem duas formas de pregar o evangelho:
1.      O Evangelho da graça (Mc 16.15): O Evangelho que é pregado hoje para a salvação.
2.      O Evangelho do Reino (Mt 24.14): As duas testemunhas irão pregar na grande tribulação.

Enquanto o falso profeta estará apresentado Anticristo ao mundo como o verdadeiro messias, as duas testemunhas irão pregar que o reino de Cristo está próximo e Ele virá com poder e grande glória para reinar por mil anos e isto irá acontecer no mundo todo, e assim aqueles que aceitarem esta palavra serão mortos pelo Anticristo por aceitarem o Reino de Cristo no milênio.

“Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer. Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem” (Ap 11.5-6).

Como Moisés no Egito as duas testemunhas serão revestidos de poder e autoridade pelo Espírito Santo para pregar o evangelho e advertir a nação de Israel e também as demais nações contra o governo do Anticristo. São servos que receberão o dom de maravilha (1ª Co 12.9-10) para enfrentar o império anticristão.

Durante a Grande Tribulação, Israel e a Cidade Santa (Jerusalém), serão oprimidas pelos gentios e sofrerão grandemente num período de três anos e meio (42 meses), Israel será severamente atingida pelas mensagens, que mostra a rejeição que eles fizeram a Jesus de Nazaré, o verdadeiro Messias. Entretanto o livramento do povo judeu virá somente no final da Grande Tribulação, quando estiverem cercados pelos exércitos do Anticristo, nesse dia Israel clamará e o Senhor os ouvirá.

I.     QUEM SÃO AS DUAS TESTEMUNHAS?  (Ap 11.3-14).

Uma das perguntas polemica do apocalipse é: Quem são as “Duas Testemunhas”. Há neste texto Bíblico, muitas divergências teológicas, para saber com precisão quem serão as duas testemunhas.

Alguns pensam em dois profetas: Elias e Moisés com o poder que exerceram ninguém poderia tocá-los e porque apareceram na transfiguração com Jesus. Outros acham que seria Enoque por que foi arrebatado para Deus e precisa voltar para morrer. Entretanto não será Moisés, Elias, Enoque ou outro personagem bíblico. Muitos usam a referência de Malaquias 4.5, onde diz que Elias virá antes do grande dia do Senhor. A referência de Malaquias já se cumpriu na vida e João Batista o precursor do Messias. Ele veio para pregar o evangelho do reino.

Na transfiguração apareceram Moisés e Elias, todavia Moisés representa a lei, Elias os profetas e Jesus a graça. Não temos nem um parâmetro bíblico para afirmar que são eles.

Também não será Enoque porque em Hebreus 11.5 a Bíblia diz: “Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte”. Portanto se Enoque foi translado para não ver a morte então será ele.

Elias e Enoque foram arrebatados para céu. Dizer que eles voltariam porque não morreram estaríamos fazendo uma interpretação errônea. Primeiro: Carne e sangue não herdam o Reino de Deus. Segundo: Eles tipificam a Igreja de Cristo. Terceiro: foram transformados e arrebatados. Elias deixou cair sua capa (2ª 2.12-14), simbolizando que despiu-se dos seus andrajos humanos. O que vai acontecer com o arrebatamento ou a transladação da Igreja é a mesma coisa. Todos os crentes fiéis serão tomados pelo Espírito Santo e elevados aos céus. No momento de serem tomados (num abrir e fechar de olhos) serão transformados, isto é, deixaram os seus andrajos e serão capacitados de entrarem no céu, diante do Trono de Deus, sem mais a necessidade de morrer.

Será que Elias precisa morrer? Será que os vivos no arrebatamento da Igreja precisaram morrer primeiro. Não! Os mortos ressuscitarão primeiro e depois nós, os que estivermos vivos, seremos transformados num corpo glorificado e levados nas nuvens, junto com eles, para nos encontrarmos com o Senhor nos ares (1ª Ts 4.16-17).

II.  QUEM SÃO AS DUAS OLIVEIRAS?


“São estas as duas Oliveiras (testemunhas), e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra” (Ap 11.4).

“Junto a este, duas Oliveiras...”. Quando estudamos a luz da hermenêutica podemos ter uma idéia de quem serão as duas testemunhas.

“Prossegui e lhe perguntei: que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do candelabro? Tornando a falar-lhe, perguntei: que são aqueles dois caminhos de oliveira que estão junto aos dois tubos de ouro, que vertem de si azeite dourado? Então, ele disse: São os dois ungidos que assistem junto ao Senhor de toda a terra” (Zc 4.3 e 11-14).

As duas Oliveiras falam da autoridade real e sacerdotal. Através destas formas ou meios, Deus manifestou Seus dons graciosos ao Seu povo. “Os dois ungidos” nesta visão representam a Josué e Zorobabel (conf. Zc 3.1; 4.9). Josué era o sumo sacerdote e Zorobabel o herdeiro do trono Judá (1º Cr 3.17-19). Zorobabel era no seu tempo representante da monarquia de Davi (Ag 2.20-23), e está na linhagem direta de Cristo (Mt 1.12). Foi nomeado por Ciro rei da Pérsia para ser o condutor do e governador do povo Judeu no regresso para Judá (Ed 1.8; cap. 11; 5.11-14).

Talvez alguns teólogos interpretam que serão Josué e Zorobabel, porém aqui as duas testemunhas serão duas autoridades (política e religiosa da nação israelita) na época em que o Anticristo estiver governando a terra. Eles são escolhidos por Deus para realizar a Sua obra na Grande Tribulação. Porém não será nenhum personagem bíblico. Nem Josué e Zorobabel. Eles apenas tipificam as duas testemunhas.

III. O QUE ACONTECERÁ COM AS DUAS TESTEMUNHAS?

Quando terminarem de realizar a obra a que foram designados por Deus, o Anticristo fará guerra e morrerão na praça da cidade, e depois de três dias e meio o Senhor ressuscitará e subirão ao céu numa nuvem diante dos olhos de todos (Ap 11.6-12) até que os dias da tribulação se completem.

Haverá um grande terremoto (Ap 11.13). Por causa da ressurreição das duas testemunhas, e do julgamento divino, o remanescente de Israel aceitará a mensagem das duas testemunhas e dará glória a Deus.

Cai a décima parte da cidade, e morrem 7 mil homens, e é passado o segundo ai (Ap 11.13-14).


Pr. Elias Ribas

A MULHER E O DRAGÃO

A MULHER E O DRAGÃO – Ap 12

O capítulo 12 de Apocalipse descortina a história por trás da história. João conta que “viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. Ela estava grávida e gritava com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz” (Ap 12. 1-2).

I.        UMA MULHER

Nas Escrituras o povo de Israel e também a Igreja são comparados a uma mulher (Jr 4.31; 6.2; 2ª Co 11.2; Gl 4.26; Ef 5.25-27, 32). Aqui porém refere-se precisamente a Israel, porque foi Israel que deu o berço a para a vinda do Messias. O Senhor Jesus veio da genealogia do povo judeu.

1.      A mulher vestida de sol.
Israel na Nova Aliança está na luz do Sol, isto é, Cristo mesmo, como brevemente aparecerá em poder supremo, como o Sol da justiça (Ml 4.2). O povo de Deus serve desde o princípio para iluminar o mundo (Mt 5.14, 16; Fp 2.15).

2.      Tendo debaixo de seus pés.
Israel, na Nova Aliança, está com seus pés firmados na Antiga Aliança. Mesmo na dispensação da Graça, Israel continua a observar a Lei.
3.       Uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
Naturalmente referem-se às doze tribos de Israel.

4.      Estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar a luz.


“O dar á luz um filho”, sempre traz dores e ânsias, também no sentido espiritual Gl 4.19).


5.      O Filho Varão.
“Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao Seu Trono” (Ap 12.5).

O filho varão é Jesus Cristo, Ele regerá as Nações com vara de ferro, isto acontecerá na implantação do Milênio, o Seu arrebatamento refere-se a sua ascensão, quando ressuscitou na manhã do terceiro dia, voltando ao céu, ficando ao lado do Pai.

“...e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse”.

Vendo Deus que Sua obra estava magnífica após a criação de todos os animais em suas diferentes espécies, criou o homem á Sua imagem, conforme a Sua semelhança (Gn 1.25-27) e deu-lhe toda primazia da criação.

Compreendendo Satanás o plano criativo de Deus, fez tudo o que estava ao seu alcance para destruir a obra da criação. Satanás viu Deus criar o homem (Gn 2.7) e colocar no jardim do Éden (Gn 2.8) sua antiga moradia (Ez 28.13). Porém, não se conformou com isto, procurou tirar de lá os seus moradores (o homem). Na sua astúcia penetrou no jardim, usando a serpente (Gn 3.1) e, por este meio tentou a mulher que facilmente cedeu e levou consigo seu marido (Gn 3.6). Tendo Satanás arruinado o Paraíso e a vida feliz que vivia aquele casal, e conseqüentemente todas as demais criaturas, Deus prometeu que lhe daria uma semente pela qual se vingaria da serpente – o Diabo e Satanás (Gn 3.15). Satanás, depois de haver Deus prometido a liberdade ao homem, reforça as suas hostes, e toma medidas para corromper completamente a humanidade procurando evitar, assim, o cumprimento da promessa de Deus.

Conseguindo dominar as nações com seus ardis, Satanás, em franca guerra contra Deus, oferece toda a resistência, atacando em todos os setores, para conservar o mundo (criaturas humanas) em pecado, sob o seu domínio (Jo 14.30). Deus todavia levanta a nação de Israel (a mulher), a cujo povo reafirma a grande promessa de livramento e, por esse mesmo povo, faz vir o Messias, a semente da mulher, prometida em (Gênesis 3.15). Cumpre-se aqui: “E o dragão parou diante da mulher...”. Satanás usou todas as artimanhas contra Israel, para evitar o cumprimento da promessa de Deus.

No deserto levou o povo para a idolatria (Êx 32), rebelando-se contra Deus (Êx 16.7-9; 17.1-2; Nm 11.1-10; cap. 12, 14, 16; 20.7-13; 21.4-9; 25.1-9). Em Judá, que, por sua própria rebelião contra Deus, sofre trágicos castigos, até ser levado em cativeiro para a Babilônia (2º Rs 24.18-20; cap. 25; 2ª Cr 36.11-12).

Satanás, furioso, permaneceu “parado diante da mulher”, procurando por toda sorte dominar a nação, subjugando, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, para remir os que estão debaixo da Lei, a fim de receberem a adoção de filhos (Gl 4.4-5); “Destarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28).

Portanto, em todos os momentos críticos o Diabo perdeu a batalha. Por fim, em uma noite em que os pastores cuidavam de seus rebanhos, os anjos anunciaram o nascimento do Messias. Nascido Jesus (Is 9.6-7), conforme a promessa (Is 7.14; Lc 1.26-38), o Diabo mobilizou todos os seus sequazes para destruir o menino e prejudicar o plano de Deus. Primeiro usou Herodes, o Grande (Mt 2.16); foi levado pelo Espírito Santo ao deserto, para sofrer a tentação do maligno e provar a sua idoneidade para a obra (MT 4.1-11). Jesus enfrentou Satanás cara a cara e o venceu.

Satanás, muito embora vencido, não se deu por derrotado. Tudo fez (usando os judeus) para tentar Jesus (Mt 21.23-27). Usou até Pedro para dificultar os passos de Jesus (Mt 16.22-23). Também usou Judas Iscariotes para tentar o Senhor e vendê-lo (Mt 26.14-16). Por fim, Cristo foi entregue á morte de cruz, ato que traria vitória para Deus e para a humanidade perdida, e derrota para Satanás. Este vinga-se, impondo a mais bárbara e cruel tortura a Cristo (conf. Sl 22; Sl 129.3; Is 50.6; Is 53). Depois de Jesus morrer e ser sepultado, Satanás inspira os judeus a porem uma guarda escolhida no sepulcro, como o último esforço para evitar a ressurreição do Senhor (Mt 27.63-66).

Como Satanás é um inimigo vencido (Is 14.12; MT 4.10; Lc 10.18; Ap 12.9-10), e está derrotado (Jo 16.33; Tg 4.7; 1ª Jo 2.13-14), nada pôde fazer para evitar a execução do plano de Deus, quanto á redenção dos homens.

Após a ressurreição de entre os mortos, Jesus Cristo ainda passou quarenta dias e quarenta noites com os seus discípulos (At 1.13), instruindo-os em tudo o que diz respeito ao Reino de Deus, até o momento que Deus o arrebatou para si e para seu trono (At 1.9-11; Hb 1.3).



II.     UM GRANDE DRAGÃO VERMELHO

O dragão é Satanás; É chamada grande, porque pertence a uma das ordens mais altas de todas as criaturas: “Um querubim ungido” (Ez 28.15). Era de uma classe de tão grande honra e poder, que o arcanjo Miguel, quando contendia com ele por causa do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele (Jd 6).
O dragão é vermelho, figura é o autor de toda guerra e homicídio. É visto com sete cabeças, o que domina sua excelente sabedoria (Ez 28.3) e plenitude em astúcia; tem dez chifres, que falam do seu poder para ferir e rasgar, e sete diademas, pleno poder para reinar sobre todo o mundo na Grande Tribulação (Ap 13.1-18).

1.      Sua cauda levou a terça parte das estrelas do céu e lançou sobre a terra.

Isso é revelação da verdadeira personalidade de Satanás (comparando Ez 28.12-19), onde ele aparece como “Luz”, o querubim protetor que habitava no Édem de Deus e entre as pedras afogueadas andava, mas agora é visto furioso por terem sido frustrados os seus primeiros planos (Is 14.13-14) e arrasta após si a terça parte das estrelas dos céus (anjos caídos que lhe foram desobedientes - Daniel 8.10). E lançou-os sobre a terra (na conquista pelo mundo). Isto prova mais o seu orgulho e sua presunção.

O propósito do Dragão era destruir o Filho prometido, porém, foi derrotado e expulso do Céu, ele, o grande acusador. Ficou selada a condenação de Satanás e de seus anjos (Jo 17.4; 19.30 comp. Jo 12.32). Agora Deus tem constituído um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1ª Ts 2.5). Cristo o justo, o advogado dos pecadores junto ao Pai (1ª Jo 2.1-2). Satanás acusa, mas Jesus intercede. E a Sua intercessão toda poderosa é baseada no Seu sacrifício, e pode manter a nossa posição diante de Deus e inutilizar as acusações do inimigo.

Em Apocalipse somos informados de que a Igreja o venceu, e que os anjos comandados por Miguel o expulsaram dos céus. Tendo em vista esta grandiosa vitória, uma grande voz brada:

“Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo. Pois já o acusador de nossos irmãos foi lançado fora, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; não amaram as suas vidas até à morte. Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a vós com grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12.10-12).

É possível que Satanás acusa aqueles crentes que servem a Deus por interesse ou com desvio de fé e, que na Grande Tribulação serão perseguidos e mortos.

Quem supõe que Satanás ainda nos acusa diante de Deus, ignora a famosa pergunta de Paulo: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus?” (Rm 8.33). E mais: “...em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou” (v. 37). Isto parece ecoar o que a misteriosa voz bradou em Apocalipse: “Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro”.
Diante de tão grande vitória alcançada por Jesus, que culminou com a expulsão de Satanás, o céu se regozija e triunfa. Há, todavia um “aí” de lamentação para os que “habitam na terra”.

“Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12.12).

Esta é a causa da Grande Tribulação e a nação de Israel será a maior vitima. A morte dos seis milhões de judeus na Alemanha, determinada por Hitler foi, apenas, um vislumbre da futura tribulação de Israel.

III.    A MULHER FUGIU

“A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias” (v. 6). “Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente” (Ap 12.13-14).

Comparando o versículo 5 com o versículo 6, nota-se que não há qualquer intervalo de tempo entre a ascensão de Jesus ao céu e a fuga da mulher para o deserto. A mulher representa Israel quando figura ante a ditadura do Anticristo na Grande Tribulação, durante a tribulação estes fiéis de Israel, judeus tementes a Deus, opor-se-ão contra a religião do Anticristo, assim ele irá declarar guerra contra os santos (Ap 13.7), porém serão socorridos por Deus (Dn 12.1).

Portanto o tempo da Igreja findou a partir do momento em que ela foi arrebatada. Por essa razão nada é dito sobre o intervalo de tempo a ela alusivo.

As primícias de Israel os “cento e quarenta e quatro mil” selados pelo Espírito de Deus, e também guardados por Deus (1º Rs 19.18; Dn 3).

“A mulher, porém, fugiu para o deserto...” (Ap 12.6, 14). Deserto significa lugar de isolamento. “Lugar preparado por Deus”, significa o cuidado de Deus pelo Seu povo (Rm 11.1-4), e terá a duração de três anos e meio, ou seja, os últimos da Grande Tribulação, ou Angustia de Jacó.

Lugar preparado por Deus, no meu entendimento, é o céu onde João vê os 144.000 selados junto ao trono de Deus (Ap 14.1-3), ou seja, eles serão arrebatados (guardados) na metade da Grande Tribulação onde o Anticristo não poderá vencê-los.

“Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar” (Ap 12.17).

Quando Satanás estiver com o completo domínio da terra (Ap 13), então será manifestada toda atitude satânica contra a descendência da mulher, isto é contra o remanescente de Israel, na segunda metade da Grande Tribulação.


O “restante da sua descendência...” são os remanescentes de Israel que creram pelo testemunho dos 144.00 e por fim serão socorridos por Deus no final da Grande Tribulação, pois Israel se convencerá de que Jesus Cristo é realmente o Messias verdadeiro.

Pr. Elias Ribas

domingo, 19 de abril de 2015

Projeto Missão Carobinha Campo Grande Rj

A GRANDE TRIBULAÇÃO

                  A GRANDE TRIBULAÇÃO




I. O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO

“Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21).

A palavra “tribulação” significa literalmente “cumprir com força”, como se faz com as uvas no lagar, ou com a cana de açúcar na moenda. A Grande Tribulação é o período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão terríveis é cair nas mãos do Deus vivo.

A Grande Tribulação é chamada na Bíblia como o “Dia do Senhor” o qual Deus entrará em juízo com o mundo altivo, rebelde e impenitente que não ouviram e nem obedeceram Sua Palavra (Is 13.9-11; Ml 4.1).

Esta aflição, sem precedente na história, será universal. O castigo de Deus virá sobre os moradores da terra, conforme descrito no livro de Apocalipse, do capítulo 6 ao 19.

A palavra profética tem predito que virá uma Grande Tribulação sobre a face da terra. O próprio Jesus falou muitas vezes sobre isto (Mt 24.31; Mc 13.39). O profeta Daniel chamou aquele tempo de “um tempo de angústia” (Dn 12.1). Será um tempo como nunca houve no universo. Em Lucas 21.25-26, lemos a respeito da angústia das nações, e como os homens desmairão de terror. Em Sofonias 1.14-18, o profeta fala sobre as densas trevas que dominarão o tempo.

A grande tribulação é também chamada de:

1.      Dia do Senhor                               Sf 1.14.
2.      Ultima semana de Daniel                Dn 9.24-27.
3.      Tempo de angústia de Jacó            Jr 30-7; Sf 1.15.
4.      Ira futura                                       1ª Ts 1.10; 5.9; Ap 6.16-17.
5.      Tempo de destruição                     1ª Ts 5.3.
6.      Tempo de Eclipse (escuridão)        Is 24.10-23; Am 5.18.
7.      Tempo de castigo                          Ez 20.37-38.
8.      Tempo de choro (pranto)               Am 5.16-17.
9.      Tempo de aflição                           Mt 24.21.
10.  Dilúvio de açoites                          Is 28.15-18.

I.        A GRANDE TRIBULAÇÃO TERÁ A DURAÇÃO DE SETE ANOS


A Grande Tribulação será dividida em duas fases:
1ª Fase: Será três anos e meio de falsa paz que o Anticristo trará para o mundo, neste período o mundo o receberá como grande solucionador dos problemas da humanidade e será adorado como um deus.

2ª Fase: termina a falsa paz, e nos três anos e meio que faltam para completar os sete anos. São três anos e meio de juízos onde o Jeová irá derramar as pragas do Apocalipse sobre os homens e haverá pestilências em todo o mundo, fazendo assim o Senhor estará frustrando o reinado do Anticristo, que a Bíblia chama de Grande Tribulação.

A Grande Tribulação terá uma duração de sete anos com base nas referências de Daniel 9.27, 7.25 e Apocalipse 12.6. Então esta duração abrange a meia semana, três anos e meio, pois de acordo com Daniel 9.27, o Anticristo, o príncipe no qual Israel então terá feito uma aliança, interromperá no meio da semana o serviço do sacrifício. Daniel 12.7 diz: “... um tempo, dois tempos e metade de um tempo”. No capítulo 7.25 é indicado de forma muito concreta a duração da grande tribulação: “e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo”. Em Apocalipse 12.6 fala-se de mil duzentos e sessenta dias e em Apocalipse 13.5 de quarenta e dois meses. E notório que o apóstolo João o qual igualmente descreve estes três anos e meio usa as mesmas expressões de Daniel. Em Apocalipse lemos: “... um tempo, dois tempos e metade de um tempo”.

No estudo sobre as setenta semanas de Daniel, podemos verificar que a última semana que equivale o período de sete anos que ainda não se cumpriu e é exatamente a Grande Tribulação que terá uma duração de sete anos, divididos em duas partes de três anos e meio.

  •        Mil duzentos e sessenta dias – Ap 11.1; 12.6.
  •        Quarenta e dois meses – Ap 13.5.
  •         Tempo e tempo e metade de um tempo – Ap 12.14.

A Escritura, entretanto indica toda a 7ª semana como a grande tribulação porque a primeira é preenchida pela sedução de Israel por parte do Anticristo. Eles o aceitarão como o Messias (Jo 5.43). Perfazem assim o período profético de sete anos de Grande Tribulação. Quanto ao Anticristo, à leitura atenta dos textos que o mencionam deixamos claro tratar-se de uma personalidade real, porque ele é chamado de “homem do pecado” e “filho da perdição”, e em Daniel de “o assolador” (2ª Ts 2.3; Dn 9.27).

1.      A primeira fase da Grande Tribulação.
A primeira fase da Grande Tribulação que são três anos e meio terá os seguintes acontecimentos:
  •       Israel terá pleno domínio de Jerusalém (Dn 9.24).
  •    Israel fará acordo com o Anticristo por sete anos (Dn 9.27; Jo 5.43; Is 28.15-18).
  •     Israel irá construir o templo derrubado por Roma em 70 d.C. (2ª Ts 2.4).
  •     O livro com os sete selos serão abertos (Ap 5.1-14).
  •     As duas testemunhas darão as suas profecias (Ap 11.1-12).
2.      A segunda parte da Grande Tribulação.

  •         Israel é invadida pelo Anticristo (Ap 12.6).
  •        O Anticristo sentará no templo exigindo adoração (2ª Ts 2.3-4; Dn 9.27. Jo 5.43; Is 28.15-18).
  •       As duas bestas (O falso profeta e o Anticristo) (Ap 13).
  •     As sete pragas (Ap 15 e 16).
  •     A batalha do Amargedom (as nações contra Israel) (Zc 14.12-13; Ap 19.19).
  •    O espírito do demônio controlará os reis da terra (Ap 16.13-14).
  •     Os reis do oriente marcham rumo a Israel (Ap 16.12-16).
  •     Uma chuva de meteoro de até um talento que equivale a 34 quilos (Ap 16.21; Mt 24.29).
  •    As sete trombetas do juízo de Deus (Ap 8.2-12; 9.1-13; 11.15).
  •    A Volta de Cristo com Seus santos para livrar Israel (Ap 19.11-26; 1.7; Judas 1.14; Mt 24.30-31).
II.  QUANDO TERÁ INÍCIO A GRANDE TRIBULAÇÃO

A Bíblia é clara a respeito da Grande Tribulação, que terá início:

1.      Após o arrebatamento da Igreja.
Jesus ao revelar o Apocalipse ao apóstolo João diz: “Como guardastes a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).

“Hora da tentação” e a “ira futura” referem-se a Grande Tribulação. Tanto Jesus como Paulo afirmam que a igreja será guardada deste dia terrível que virá; seremos guardados porque estaremos com o Senhor.

A Grande Tribulação terá lugar entre o arrebatamento da Igreja e a volta de Jesus em Glória (Mt 24.21; Dn 9.27). Os profetas e apóstolos discorreram de tal forma sobre a Grande Tribulação, que basta uma leitura de seus escritos para conscientizar-nos de sua realidade escatológica.

2.      Será a última semana de Daniel.
“E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a OFERTA de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9.27).

A primeira metade da semana será marcada pelo reinado absoluto do Anticristo que, fará um concerto com Israel em Jerusalém e será aceito tanto pelos judeus quanto pelos gentios. Aqueles terão como o seu messias.

A segunda metade será ocupada pela Grande Tribulação propriamente dita: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto aquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1ª Ts 5.3).

Na primeira fase da Grande Tribulação (três anos e meio), Israel rompe a aliança com o Anticristo, o seu tratado é quebrado e interrompe o sacrifício no templo (Dn 9.27).

O Anticristo vai declarar-se deus, apoderar-se-á do templo em Jerusalém e proibirá adoração ao Senhor (2ª Ts 2.4) e assolará a Palestina.

Israel será o único país no mundo que não aceitará a marca da besta cujo número será 666, e nenhum judeu receberá a marca do Anticristo. Diante deste acontecimento, o Anticristo se preparará para reunir as nações com soldados no grande vale do Amargedom para destruir por completo Israel, mas o seu intento só acontecerá no final da Grande Tribulação (Ap 16.16). Então o Anticristo terá um prazo de três anos e meio para concretizar o seu mal intento contra os filhos de Deus (Dn 7.25).

Quando Israel romper a aliança com o Anticristo, Deus no céu abre as portas de um cataclisma mundial. Porque o Senhor enviará o seu juízo sobre a terra aos que ficarem.

O Apocalipse mostra-nos quão difíceis serão estes dias para os que estiverem aqui na terra, o Senhor derramará pragas e pestilências, um grande e terrível cálice de dor, de angústia e sofrimento sobre os homens que rejeitaram a Sua Palavra e não aceitaram a Jesus como Salvador.

3.      Será o “dia da vingança do nosso Deus” (Is 61.2).
Foi logo em Is 61.1-2 que Jesus leu, no dia que entrou na sinagoga da Sua cidade (Nazaré), e foi-lhe dado o livro, pois quando abriu a Escritura achou esta passagem. Ele leu, mas quando chegou a palavra “o dia da vingança”, cerrou o livro e entregou-o ao sacerdote (Lc 4.16-20). Por que Jesus parou a leitura no meio do versículo? Sim, porque naquele tempo Ele não tinha por missão executar a vingança, mas em salvar. Porém na Grande Tribulação chegará “o dia da vingança”, quando Deus afasta-se da humanidade, e entrega os homens à operação do erro, para que creiam na mentira, pois não receberam o amor da verdade para  salvarem-se (2ª Ts 2.10-11).

III.  OBJETIVOS DE DEUS NA GRANDE TRIBULAÇÃO

A Grande Tribulação será deflagrada, visando a aplicação dos juízos divinos sobre a terra e a reconciliação de Israel com o seu verdadeiro Messias. Ela também possui como objetivos:

1. Repreender, castigar e educar Israel com vara de Juízo, preparando os Judeus para enfim aceitarem a Jesus Cristo como o Messias prometido (Ezequiel 20.37; Dt 4.30; Mt 23.37-39).
2.     Separar os judeus fiéis a Deus (Zc 13.8-9; Ap 14.1-3).
3.   Castigar os ímpios que rejeitaram o maior presente de Deus que é o amor de Cristo, e não se converteram dos seus pecados, pois recusaram a luz de Cristo para viver em trevas (2ª Ts 2.11-12) e preferiram crer nas trevas e na mentira do diabo.
4. Trazer aflição e angústia porque rejeitaram a Jesus como salvador da humanidade.
5.   Derramar a ira de Deus (Ap 6.17; 1ª Ts 1.8-9).
6.       Destruir o império do Anticristo (Ap 16.10).
7.       Desestabilizar o atual sistema mundial (Dn 2.34-35).
8.       Implantar o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo (Dn 2.44).

IV. A IGREJA NÃO PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO

A escola de interpretação que honra as Escrituras é o pré-tribulacionismo, pois não há dúvidas de que a Igreja será arrebatada antes da Grande Tribulação (1ª Ts 1.10). Jesus disse: “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do homem” (Lc 21.36). Note: escapar, e não participar, atravessar.
A vinda de Jesus, como já vimos, abrange duas fases bem distintas na Bíblia: o arrebatamento da Igreja, e a Sua volta pessoal em glória, para livrar Israel, julgar as nações e estabelecer o seu reino milenar.

Alguns estão ensinando agora que a Igreja do Senhor enfrentará aqui a Grande Tribulação, e que, quando Jesus vier, virá num ato único para ela, para Israel e para as nações rebeladas contra Deus. Ensinam ainda que a trombeta de 1ª Coríntios 15.52 e 1ª Tessalonicenses 4.16, ligada ao arrebatamento da Igreja, é equivalente à sétima trombeta de Apocalipse 11.15-19, que dá início aos últimos juízos da Grande Tribulação.

A Bíblia fala sobre dois eventos distintos: a remoção dos crentes antes da grande tribulação (arrebatamento) e a segunda vinda de Cristo. O primeiro ocorrerá no começo e o segundo no fim da septuagésima semana de Daniel. Primeiro, Cristo virá para os seus santos para levá-los para o céu; de outra forma jamais poderia vir com os seus santos do céu para socorrer a Israel na Batalha do Armagedom. O arrebatamento acontecerá quando menos esperado.
A segunda vinda acontece apenas depois de todos os sinais terem sido dados e todos souberem que Cristo está prestes a voltar em glória e poder. O arrebatamento ocorre em meio a paz (1ª Ts 5.3); a segunda vinda em meio a guerra (Ap 19.11-21). É simplesmente impossível colocar no mesmo referencial de tempo e num único evento as afirmações mutuamente exclusivas que o Novo Testamento faz sobre o arrebatamento e a segunda vinda (Mt 24.29-44).

As diferenças e os contrastes das duas fases da vinda de Jesus são tanto na Escritura, que se houvesse uma só fase, tudo seria uma grande contradição. Vejamos, a seguir, as evidências de que Jesus arrebatará para si a Igreja, antes da sua revelação em glória às nações. Citaremos quase sempre duas referências bíblicas para contrastá-las, a primeira sobre o arrebatamento, e a segunda sobre a revelação de Jesus.

Is 57.1: “Perece o justo, e não há quem se impressione com isso; e os homens piedosos são arrebatados sem que alguém considere nesse fato; pois o justo é levado antes que venha o mal”.

1. João 14.3: “E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também”.

Colossenses 3.4: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, em glória”.

Em João 14.3 Jesus promete vir buscar o seu povo que está aqui na terra. Então, aqui Ele vem para os seus. Em Colossenses 3.4 a Palavra nos declara que quando Ele vier, nós viremos com Ele. Então, aqui Ele vem com os seus. Para Jesus vir com os seus, Ele primeiro os levará para si. (Quanto a Colossenses 3.4 – Jesus vindo com os seus – ler também Zacarias 14.4,5 e Judas v.14).

2. 1ª Tessalonicenses 4.17: “Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor”.

Zacarias 14.4: “Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio...”.

Em 1ª Tessalonicenses 4.17, Jesus vem até as nuvens, para levar os seus; dos ares Ele os levará. Em Zacarias 14.4 o Senhor vem e pisará a terra, a saber, o monte das Oliveiras e de modo ostensivo. E trata-se aí da vinda do Senhor (Zc 14.5b). Logo trata-se aí de dois casos diferentes.

3. 1ª Coríntios 15.52: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”.

Mateus 24.30: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória”.

Na primeira passagem, Jesus vem num momento, e levará os seus para o Céu. Isto é, num abrir e fechar de olhos, num milésimo de segundo. Na segunda passagem, Jesus, ao voltar será visto por todos os povos da terra: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!” (Ap 1.7).

Esta fase da sua vinda será precedida do “sinal” do Filho do homem, como está bem claro nesta segunda referência. Será, portanto, algo lento e diferente do primeiro caso.

4. Hebreus 9.27 e Mateus 25.31-46. Em Hebreus 9.27 lemos que Jesus virá sem pecado, isto é, não para tratar do problema do pecado. Ele virá para os que o aguardam para a salvação. Em Mateus 25.31-46, vemos Jesus vindo para julgar e castigar os pecados daqueles que tiveram prazer somente em pecar. Logo, estas duas referências tratam de dois casos diferentes.

5. Apocalipse 19.7, 8 e Apocalipse 19.11-14. Na primeira referência temos a Igreja reunida a Cristo nas bodas do Cordeiro no céu (Ap 19.1) e na segunda referência Ele vem para julgar as nações.

6. 1ª Coríntios 15.51. “Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos”. A fase da vinda de Jesus aqui abordada é um “mistério”. O arrebatamento da Igreja não foi revelado aos escritores do Antigo Testamento. Os escritores do Novo Testamento tiveram a revelação do evento, mas não dos seus detalhes. Já a volta de Cristo à terra é um evento detalhadamente descrito em grande parte do Antigo Testamento. É o chamado “Dia do Senhor Jeová”, tão mencionado nos profetas. O dia em que Ele virá à terra para julgar as nações.

7. Tito 2.13. Aqui temos num só versículo as duas fases da segunda vinda de Jesus. Paulo primeiramente fala dos salvos como “aguardando a bendita esperança”, mas a seguir fala também da “manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. A “bendita esperança” é sem dúvida alguma alusão ao arrebatamento da Igreja; a “manifestação da glória” é uma alusão à manifestação pessoal de Cristo.

Torna-se pois bem claro, à vista da Palavra de Deus, que há dois aspectos distintos da segunda vinda de Jesus.
Vejamos alguns fatos que ocorreram livramento antes da tribulação:


  •    Enoque foi levado ao céu antes do Dilúvio; a Bíblia diz na carta de Hebreus para não ver a morte (Hb 11.5).
  •    Elias foi levado ao céu antes do aparecimento das duas ursas que mataram os 42 rapazes (2ª Reis 2.1, 23, 24).
  •     Ló foi tirado de Sodoma antes da destruição (Gênesis 19).
  •      Deus não destinou a Igreja para a ira (1ª Ts 5.9).
  •    João foi arrebatado ao céu logo após o relato da última carta à igreja de Laodicéia (Ap 4.1-2).
  •    Se orarmos e vigiarmos escaparemos das coisas que sucederão (Lc 21.36).
  •   Versículos bíblicos que nos mostram o grande livramento que o Senhor nos dará: (Salmos 32.7; Salmos 27.5- 6; Salmos 33.19; Pv 11.8; Ec 8.5; Isaías 65.13 e 1ª Ts. 1.10).
V.     A IGREJA E O DIA DO SENHOR

1. O Dia de Cristo. O “Dia de Cristo” foi revelado somente no Novo Testamento e aplica-se unicamente à Igreja de Jesus. Por isto, ele está relacionado quase sempre com bênçãos, com promessas e com a esperança da glória de Cristo. Ele diz respeito ao retorno dos crentes renascidos para o reino do Pai (a casa do Pai), mas também ao tribunal de Cristo que vai acontecer nesta ocasião.

O arrebatamento da Igreja marca o início do chamado “dia de Cristo” (1ª Co 1.8; Fl 1.6). Este “dia” é relacionado com a Igreja, e vai do arrebatamento da Igreja à revelação de Cristo em Glória. Em 2ª Ts 2.2, a tradução correta é “dia do SENHOR”, (com maiúscula, significando “Jeová” conforme o estabelecido pelos editores da Bíblia, internacionalmente). A expressão “dia do Senhor” abrange o mesmo período da vinda de Jesus com relação às nações gentílicas e Israel. Tem a ver com julgamento. A Igreja não está esperando o “dia do Senhor”, mas o “dia de Cristo”.

2. O “Dia do Senhor”. O dia do Senhor, pelo contrário, não é uma nova revelação, mas já era conhecido no Antigo Testamento. Este “dia” tem a ver com o justo juízo de Deus que cairá sobre o mundo incrédulo e castigará a rebelião contra Ele. Neste dia igualmente acontecerá o juízo sobre o povo de Israel e seu restabelecimento espiritual. Trata-se da intervenção evidente e visível de Deus nos acontecimentos deste mundo.

Este dia é o dia da Grande Tribulação e começa depois do “Dia de Cristo”, ou seja, depois do arrebatamento. Ele resultará, finalmente, na vinda de Jesus em poder e glória juntamente com os Seus santos. Por isto ele também é chamado de “as dores” ou “dores de parto” (1ª Ts 5.3). Em sua abrangência mais ampla, o “Dia do Senhor” refere-se ao estabelecimento do reino de Jesus (Milênio) e conduz à derradeira destruição do antigo céu e da antiga terra. Também a este respeito seguem alguns exemplos:

“Porque o Dia do Senhor dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo e contra todo aquele que se exalta, para que seja abatido. Então, os homens se meterão nas cavernas das rochas e nos buracos da terra, ante o terror do Senhor e a glória da sua majestade, quando ele se levantar para espantar a terra” (Is 2.12 e 19; compare Ap 6.15-17).

“Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor” (At 2.19-20).

Outras passagens bíblicas sobre o “Dia do Senhor” são encontradas em Joel 1.15; 2.1-2; Ezequiel 30.3; Sofonias 1.14; Zacarias 14.4-5 e 8; 1 Tessalonicenses 5.1-5; 2 Pedro 1.16; 3.10 e Judas 14-15.

3. O Dia de Deus. O “Dia de Deus” é após todos os acontecimentos apocalípticos ou seja, após o julgamento do grande trono branco. Será dia em que o próprio Deus triunfará definitivamente; depois que todo o mal tiver sido afastado e tudo estiver implantado na nova situação eterna e permanente, quando Deus será tudo em todos.

“Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente exclui aquele que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1ª Co 15.25-28). Nesse contexto a Palavra diz aos crentes: "...esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça" (2 Pe 3.12-13).

VI.  QUAL A DIFERENÇA ENTRE TRIBULAÇÃO E GRANDE TRIBULAÇÃO?


A palavra tribulação significa: aflição, amargura, adversidade, trabalho, ou seja, são aqueles problemas que todo o mundo tem, é muito comum em alguém “Eu estou atribulado”, “estou passando por uma tribulação”, porém isto não passa de momentos maus que acontecem na vida de cada ser humano. Quem nunca passou por problemas na família, na escola, no trabalho, financeiro, no ministério da igreja, etc. Jesus ensinou no Seu evangelho que passaríamos por aflições (Jo 16.33).

A Bíblia diz que a Igreja aqui neste mundo passará por aflições, provas, tribulações. São adversidades que enfrentamos contra o inimigo de nossas almas (Satanás). Pois estas adversidades são formas que Deus usa para corrigir o seu povo nesta terra. O apóstolo Paulo fala da tribulação do tempo presente (Rm 8.18), isto porque refere-se aos momentos difíceis do dia-a-dia. Paulo é bem claro para ninguém confundir tribulação com Grande Tribulação.
Porque Cristo iria castigar a Sua Noiva? È uma pergunta que não tem resposta na Bíblia.

Isto tudo são tribulações, porém nada comparado com a GRANDE TRIBULAÇÃO, que será um período onde a ira (juízos) de Deus serão derramados sobre a terra o qual nunca houve antes, e nem haverá em outro tempo (Mt 24.31). Esta Grande Tribulação virá sobre os moradores da terra que ficarem após o arrebatamento da Igreja.

VII.         A IRA DO CORDEIRO

A ira (gr. orge), é uma expressão da justiça. É a indignação pessoal de Deus e Sua reação imutável diante de todo o pecado (Ez 7.8-9; Ef 5.6; Ap 19.15) causada pelo comportamento iníquo do ser humano (Êx 4.14; Nm 12.1-9; 2º Sm 6.6-7), e pela apostasia e infidelidade do povo (Nm 25.3; 32;10-13; Dt 29.24-28).

“E disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Ap 6.16-17).

A ira do Cordeiro descrito neste capítulo do verso 6 ao 19, é uma manifestação da vingança divina contra os transgressores da Sua Palavra e para quem não há manifestação da Sua misericórdia (Dt 32.39-43; Ex 22.23-24).

Muitos destacam o amor Deus e esquecem que Ele também é justiça. E nesta justiça, está a Sua ira contra o pecado (Rm 1.18, 3.5-6; 9.22). A ira de Deus foi pronunciada pela primeira vez no Éden e manifestar-se-á em plenitude com a vinda de Cristo (Ap 6.16-17).

A ira aqui refere-se aos juízos que virão para aqueles que nunca acreditaram, creram na obra redentora de Cristo através de Sua morte no Calvário e não se arrependeram de seus pecados.
Na primeira carta aos tessalonicenses nos é mostrado claramente que o consolo da Igreja consiste do fato que o arrebatamento nos livrará do dia da ira de Deus (do “Dia do Senhor”): “...e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1ª Ts 1.10).

William McDonald diz: Aquele por quem esperamos é Jesus, “que nos livra da ira vindoura”. Esta descrição de nosso Senhor que voltará pode ser entendida de duas maneiras:

1. Ele nos livra do castigo eterno que merecemos pelos nossos pecados. Na cruz Ele suportou a ira de Deus por nossos pecados. Pela fé em Jesus, o valor da Sua obra na cruz é creditado a nós. Daqui por diante não há mais condenação para nós, por estarmos em Cristo (Rm 8.1).

2. Ele nos livra igualmente da era de juízo que virá sobre esta terra, quando a “ira” de Deus será derramada sobre um mundo que rejeitou Seu Filho. Este tempo é conhecido como “a Grande Tribulação”, ou também o tempo da “angústia de Jacó” (Dn 9.27; Mt 24.4-28; 1ª Ts 5.1-11; 2ª Ts 2.1-12; Ap 6.1-17 e 10).

Esta “ira de Deus” começará na Grande Tribulação, como se vê claramente em Apocalipse 6.15-17. Também em 1ª Tessalonicenses 5 é nitidamente do “Dia do Senhor” que o texto fala, dia que virá como ladrão de noite (vvs. 2-3). Mas neste contexto de juízo e castigo é dito a Igreja que ela será poupada deste dia:

“Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas. Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo” (1ª Ts 5.4-5 e 9). A Bíblia Viva diz no versículo 9:”Porque Deus não nos escolheu para derramar sua ira sobre nós, mas para nos salvar por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. Amem!

Portanto, em resumo, podemos dizer: sempre que o Espírito Santo nos recorda o tema do arrebatamento, somos lembrados de todo o consolo do Evangelho de Jesus, da esperança da nossa vocação.

Os tessalonicenses foram bem instruídos sobre este assunto. Por isto eles ficaram tão preocupados quando repentinamente surgiram rumores de que “o Dia do Senhor” (a Grande Tribulação) já havia chegado. Pois estaria acontecendo justamente o contrário do que eles haviam ouvido do apóstolo. Eles logo preocuparam-se, ficaram com medo, abalados, surpresos, tristes e começaram a vacilar. Por quê? Porque haviam abandonado a palavra da graça. A Bíblia é nosso parâmetro, por isto devemos confiar no que ela está escrito!
“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça” (Rm 1.18).

Ira de Deus nestes versículos refere-se ao ódio de Deus contra o pecado, a imoralidade e a iniqüidade impenitente, a idolatria. Embora muitos líderes ensinam que a Noiva de Cristo  ficara na Grande Tribulação. Mas, os que estivem esperando Seu Noivo subirão com Ele. Amem!

A esperança de Paulo deve ser de cada cristão: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte divulgou-se a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma; pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e esperar dos céus a seu Filho, quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura”(1ª Ts 1.8-10).

Aqui o apóstolo Paulo está revelando o quadro horrível dos desobedientes à vinda de Jesus. Paulo fala aqui do “dia do SENHOR”, dia de ira, de vingança, quando Ele manifestar-se-á como fogo flamejante, contra os impenitentes, que recusaram o Evangelho do Senhor Jesus. Ora, aqui, aos ímpios serão infligidos castigados por sua rebeldia, e, é evidente, não há lugar neste contexto para a presença da Igreja, redimida pelo sangue de Cristo e fruto do amor de Deus.

Os fiéis da Igreja de Cristo não estão destinados à ira de Deus. (1ª Ts 5.9). Deus prova Seu amor inefável para com Sua Noiva: “Mas Deus prova o seu amor para conosco que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, sendo justificado pelo seu sangue, seremos salvos da ira. Porque, se nós quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos agora, a reconciliação” (Rm 5.8-11).

Se Deus mandou o Seu Filho para morrer por nós quando éramos inimigos, quanto mais agora que somos seus filhos. O livramento da ira futura é a prova do seu grande amor por nós.
Salvos da ira: aponta para o julgamento de Deus no fim. No verso 10 Paulo diz que quando Cristo morreu, a nossa dívida foi paga. Quando aceitamos a Cristo, pela fé nós nos aproximamos da salvação. A morte de Jesus nos isentou da condenação e da ira futura.

O Senhor Deus já havia falado através do profeta Isaías que seu povo não entraria em juízo: “Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos. Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha a porta sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira” (Is. 26.19-20).

Ele nos livra do castigo eterno que merecemos pelos nossos pecados. Na cruz Ele suportou a ira de Deus por nossos pecados. Pela fé em Jesus, o valor da Sua obra na cruz é creditado a nós. Daqui por diante não há mais condenação para nós, por estarmos em Cristo (Rm 8.1).

Jesus (O Noivo) tem preparado um lugar especial para Sua noiva, por isto profetizou Isaías: “Os teus mortos ressuscitarão” refere-se ao arrebatamento da Igreja que após este evento entrará nas mansões celeste para receber seus galardões: “entra nos teus quartos e fecha a porta sobre ti”. E Deus é claro quando diz: “até que passe a ira”.

Os crentes em Jesus não precisam temer porque Deus enviará o seu Filho, o Noivo para buscar a Sua Igreja (a Noiva) antes da ira futura, a Grande Tribulação. Que Ele venha em breve! Aleluia!
Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu, com óleo de alegria mais do que a teus companheiros (Hb 1.9). Os que amam a justiça serão recompensados, e o nosso misericordioso Pai não irá deixar-nos passar pela tristeza, isto é, pela Grande Tribulação, Ele nos ungiu com o óleo da alegria. Amém.

VIII. HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO?

Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é inevitável: “haverá salvação neste período?” É claro que sim. O livro de Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: os israelitas e os gentios: “Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7.4-14). Outras passagens que evidenciam a salvação durante a tribulação (Ap 6.9; 12.17; 7.9-11; 15.2; 20.4).

Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser divulgada em escala mundial. Enganam-se aqueles que afirmam que após o arrebatamento da Igreja, as Escrituras perderão sua inspiração sobrenatural e única. Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o profeta Isaías: “seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).

Precisamos entender que a salvação é pela graça. A graça é manifestada a todos os homens que se arrependem de seus pecados. Na Velha Aliança, o povo era salvo pela fé no Redentor Prometido. Na Nova Aliança, somos salvos pela fé no sacrifício de Jesus no Calvário. Porém, na grande tribulação o povo será salvo por guardar a fé. Isto é também salvação pela graça (At 15.11; Ef 1.4; 1ª Pe 1.19-20).

Eles também tinham o Evangelho (Gl 3.8; Hb 4.2). Em Ap 14.1-5 vemos uma multidão de judeus salvos da terra na grande tribulação. Em Ap 6.9 e 7.9-11 vemos uma multidão de gentios salvos no céu, porém saídos da terra, após sofrerem martírio.

IX.  QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO

Há dois grupos distintos que passarão pela Grande Tribulação:

1.      A Grande Tribulação será para os judeus que não aceitarão a Cristo.

O Julgamento de Israel dar-se-á após o arrebatamento da Igreja de Cristo. Israel será julgado, repreendido pelo Senhor por ter rejeitado a Jesus como Messias e Salvador.

Israel passará pela Grande Tribulação. Este julgamento o Senhor chama de angustia de Jacó.

“E estas são as palavras que disse o SENHOR acerca de Israel e de Judá. Assim diz o SENHOR: Ouvimos uma voz de tremor, de temor, mas não de paz. Perguntai, pois, e vede se um homem tem dores de parto. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os ombros, como a que está dando à luz? E por que se tem tornado macilentos todos os rostos? Ah! Porque aquele dia tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela. Porque será naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que Eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei as tuas ataduras; e nunca mais se servirão dele os estranhos. Mas servirão ao SENHOR, Seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei”(Jr 30.4-9).

Nesta passagem o profeta Jeremias fala de um tempo ainda futuro quando grande angústia ou tribulação virá sobre todo o Israel, que é simbolicamente denominado de “Jacó”. Este tempo é a Tribulação futura ou um evento passado? É melhor interpretar este tempo de angústia como algo que ainda é futuro para Israel - um tempo conhecido como a septuagésima semana de Daniel ou a Tribulação. O expositor bíblico e estudioso de profecia Dr. Charles H. Dyer escreve sobre essa passagem e seu significado:

A que “tempo de angústia” Jeremias está se referindo? Alguns acham que ele está indicando a derrota de Judá pela Babilônia ou a derrota posterior da Babilônia pela Medo-Pérsia. Mas, em ambos estes períodos o Reino do Norte, Israel, não foi afetado. Ele já tinha sido levado ao cativeiro em 722 a.C. Uma solução melhor é que Jeremias está referindo-se a um período de tribulação futuro quando o remanescente de Israel e Judá sofrerá uma perseguição incomparável (Dn 9.27; 12.1; Mt 24.15-22). O período terminará quando Cristo aparecer para resgatar os Seus eleitos (Rm 11.26) e estabelecer Seu reino (Mt 24.30-31; 25.31-46; Ap 19.11-21; 20.4-6).

Portanto, o tempo de angústia para Jacó enfatiza o aspecto da Tribulação futura que expressa a dificuldade pela qual os judeus ou descendentes de Jacó passarão durante este período.
A nação de Israel goza duma relação especial com Deus em razão do pacto com eles, por Ele ter escolhido esta nação como testemunho entre as nações da terra (Is 43.10; Rm 3.1-2).

No plano de Deus ficou estabelecido que dela viriam a salvação e as bênçãos pelo fato de que o Messias procederia de Israel. Por causa desta relação pactual Deus os chama “meus filhos”, e trata-os com castigo quando lhe desobedecem (Is 43.6).

A grande maioria dos judeus permanece até hoje incrédula e apóstata. Rejeitaram a Deus e nos dias de Samuel pediram um rei como tinha as demais nações. Quando o Messias dele, e libertador da humanidade chegou, eles disseram: “Fora com ele, não O queremos para mandar em nós”.

Mesmo depois de ter contemplado a obra redentora e estar aberta à porta da salvação para eles, recusaram a convicção do Espírito Santo, recusaram seus mensageiros e apedrejaram seus discípulos.
Israel já tem passado por muitas repreensões de Deus, mas passará ainda por um grande desapontamento, ou seja, um julgamento tão severo qual ainda não passou, por isto, o Senhor diz: “E é tempo de angústia para Jacó”.

Serão enganados pelo Anticristo e sofrerão os horrores do tempo da “Angustia de Jacó”. O período da Grande Tribulação será o tempo de angústia para Israel, onde Deus enviará os seus juízos para os desobedientes.

“No momento que seriam esmagados pelas nações do mundo, no fim deste período, passarão debaixo do cajado de Deus” (Ez 20.37), que simboliza uma aproximação de Deus. Na grande Tribulação, após sofrerem, os justos clamarão o nome do Senhor, em profundo arrependimento. Os rebeldes serão destruídos e o remanescente fiel entre eles tornar-se-á o único núcleo de um Israel renovado espiritualmente, então dirão a Deus: “Mas agora, o Senhor, Tu és nosso Pai; nós o barro, e Tu o nosso Oleiro; e todos nós obra de suas mãos” (Js 64.8); (Zc 12.10; 13.1).

O Renovo de Davi: “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome com que o nomearão: O SENHOR, Justiça Nossa. Portanto, eis que vêm dias diz o SENHOR, em que nunca mais dirão: Vive o SENHOR que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito. Mas, Vive o SENHOR que fez subir e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha arrojado. E habitarão na sua terra” (Jr 23.5-8).

Será nesta hora que a nação, em sua totalidade, reconhecerá Jesus como seu Messias, sendo por Ele convertido. “Quem jamais ouviu tal cousa? Quem viu cousas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).

No final da Grande Tribulação quando Israel estiver cercado pelo Anticristo então virá o Senhor em glória e irão dizer: “E se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos? Dirá Ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos” (Zc 13.6).

2.      Os gentios.
“Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas mãos” (Ap 7.9, 13, 14).

A grande tribulação é um tempo de julgamento divino sobre um mundo ímpio que rejeitou a Cristo, mas também um tempo de ira e perseguição satânica contra os que recebem a Cristo e a sua Palavra.
“E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram. E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap 7.13-14).

Os “mortos por amor da palavra de Deus” são os que foram martirizados por sua fé em Cristo e pela verdade da sua Palavra.
Será baixado um decreto ordenando a morte de todos que se recusarem a adorar o governante mundial e sua imagem. Noutras palavras, muitos que resistirem ao anticristo e permanecerem fiéis a Jesus, selarão sua fé com suas vidas (Ap 6.9; 14.12,13; 17.9-17).

 Pr. Elias Ribas